Países Participantes
Relações entre a China e Moçambique

A China estabeleceu relações diplomáticas com Moçambique em 1975. Desde essa data as relações entre os dois países têm-se desenvolvido em grande cooperação.


Em 2016, os dois países estabeleceram uma parceria estratégica global.


Impulsionada pelo Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), o Fórum de Macau e a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, a China aprofundou continuamente a sua cooperação económica com Moçambique. 


O valor do comércio bilateral entre a China e Moçambique aumentou de 2003 até 2020, ano em que o país e o mundo foram afectados pela pandemia de Covid-19.


Depois de se ter registado um crescimento de 6% no comércio bilateral entre 2018 e 2019, no ano seguinte ocorreu uma queda de 3,4% devido à pandemia.


Em 2020 as exportações chinesas para Moçambique aumentaram 2,2% e as importações caíram 18,9%.


No ano seguinte, 2021, o comércio bilateral cresceu mais de 50 por cento, ao ter passado de 2577 milhões de dólares para 4035 milhões de dólares.


O comércio bilateral voltou a registar novo crescimento em 2022, de 14,9%, ao ter atingido 4632 milhões de dólares, com as empresas chinesas a terem vendido bens no valor de 3292 milhões de dólares e a terem comprado mercadorias no montante de 1340 milhões de dólares.


A China exporta para Moçambique principalmente máquinas e equipamentos de transporte, têxteis, calçado, grãos, bem como produtos manufacturados e de metal, e importa principalmente produtos agrícolas e de mineração primários, como madeira, minério de ferro e seus concentrados. 


No final de 2018 operavam em Moçambique 100 empresas chinesas,  que davam trabalho a 20 mil trabalhadores locais.


Presentemente, residem e trabalham em Moçambique 12 mil cidadãos chineses.


Números recentemente divulgados em Maputo durante a abertura da sessão de promoção da 3ª Exposição Económica e Comercial China–África informam que as empresas chinesas investiram em Moçambique cerca de mil milhões de dólares ao longo dos últimos cinco anos, principalmente em infra-estruturas.


Essas empresas investiram nos sectores do cimento, pesca, aquacultura, petróleo, têxteis, hotelaria, areias pesadas, construção civil, turismo, transportes, agricultura, energia, mineração e imobiliária.


A obra mais emblemática da China em Moçambique nos últimos anos é a ponte entre Maputo e a Catembe, que foi construída pela empresa China Road & Bridge Corporation (CRBC) e financiada em 725 milhões de dólares pelo governo chinês.


A China financiou igualmente mais de 70 projectos públicos, sendo de destacar a construção dos aeroportos de Maputo e Xai-Xai, do Centro de Tecnologias Agrárias em Boane, do Estádio Nacional do Zimpeto, de fábricas de agro-processamento em Tete e da linha de transporte de energia entre a Zambézia e Nampula.


Foi recentemente inaugurado o Centro Cultural Moçambique-China, localizado no campus da Universidade Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, considerada uma das maiores e modernas catedrais das artes e cultura em África, apetrechado com equipamento e tecnologia de padrões internacionais.