Lin Songtian, Vice-Presidente do Comité das Relações Exteriores da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), liderou em Setembro uma delegação em visitas a Angola e Moçambique. A deslocação visou promover o aprofundamento da cooperação com os Parlamentos dos dois países lusófonos, bem como outras entidades.

Em Angola, Lin Songtian teve um encontro com o Primeiro Vice-Presidente da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca. Em declarações à imprensa local após a reunião, o responsável chinês defendeu uma maior proximidade entre os Parlamentos da China e de Angola e a necessidade de incentivar a troca de experiências em vários domínios.

Lin Songtian encorajou, por outro lado, as empresas chinesas a investirem em Angola, contribuindo directamente para a diversificação económica do país lusófono. O representante da CCPPC acrescentou que a sua visita visou também dar seguimento aos consensos alcançados entre os Chefes de Estado das duas nações, além de servir para aprofundar o conhecimento mútuo e o reforço dos laços históricos.

A visita a Luanda incluiu uma reunião com o Ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António. A reunião de trabalho, segundo uma nota do Governo do país, serviu para as partes passarem em revista assuntos relacionados com a situação interna de cada nação, o processo de integração de Angola e da China no âmbito regional e mundial e a troca de informações sobre questões internacionais e multilaterais. Os dois responsáveis debruçaram-se sobre o desenvolvimento político, económico e social de Angola e da China, abordando o estreitamento das relações de amizade, solidariedade e de cooperação económica, assim como procederam a uma avaliação das perspectivas de melhoria da cooperação bilateral em diversos domínios.

Já durante a estadia em Maputo, o dirigente chinês reuniu-se com Hélder Ernesto Injojo, Primeiro Vice-Presidente da Assembleia da República de Moçambique. Lin Songtian participou também num seminário com o Reitor da Universidade Joaquim Chissano, João de Barros. O programa da visita incluiu ainda intercâmbios com representantes de “think tanks” ligados a instituições de ensino superior locais, bem como elementos do sector da comunicação social.

Segundo um comunicado da Embaixada da China em Moçambique, a delegação chinesa participou em intercâmbios profundos sobre as relações China-África, as relações China-Moçambique e a promoção de formas de cooperação pragmática.